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TRABALHADORES NÃO ACEITAM PRESENTE SURPRESA DE MICHEL TEMER

A diretoria Nacional da Nova Central ficou indignada com a desfaçatez da proposta do presidente Michel Temer (PMDB) que pretende criar a chamada “jornada intermitente ou móvel de trabalho”, em que não há horário fixo e praticamente deixa a pessoa mais tempo à disposição da empresa, sem receber por isso. Por outro lado os patrões aplaudiram.

Nailton Francisco de Souza (Nailton Porreta), diretor Nacional de Comunicação da Nova Central, afirma que é uma “aberração” o que querem cometer. “Se utilizar do desemprego para ampliar o poder de barganha dos patrões. Com estas regras o empregador poderá escalar o funcionário (a) em determinado horário de trabalho e em dias diferentes da semana. Não se combate desemprego com trabalho precário e exploração desenfreada”.

Segundo Nailton Porreta, outra medida prejudicial aos trabalhadores (as) é a ampliação do contrato de trabalho temporário de 90 para 180 dias. E acredita que a intenção visa agradar exclusivamente os empresários que “aplaudiram” a iniciativa que obrigará a pessoa trabalhar até não agüentar e receber um salário de fome.

“Não podemos nos iludir com essa proposta. Fracionar a jornada para diminuir o custo do empregador, vai na contra-mão do que as centrais sindicais defendem como: a redução da jornada de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário. A última redução ocorreu há 28 anos, na Constituição de 1988, quando caiu de 48 para 44 horas”, relata Nailton.

Lembra, inclusive, que Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos) calculou que uma jornada de 40 horas com manutenção de salário aumentaria os custos de produção em apenas 1,99%. O aumento na qualidade de vida do trabalhador, por outro lado, seria muito maior: mais tempo com a família, mais tempo para o lazer e o descanso, mais tempo para formação pessoal.

Fonte: NCST NACIONAL

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