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GOVERNO TEMER ESTUDA PRIVATIZAR ATÉ OS CORREIOS

O governo federal estuda uma eventual abertura de capital dos Correios, mas não sua privatização, disse à Reuters uma fonte governista que acompanha de perto o assunto, em um momento em que o governo do presidente Michel Temer retoma a agenda de desestatizações com a venda do controle da Eletrobras, entre outros ativos.
 
— Simultaneamente ao processo de saneamento da empresa, o governo estuda o futuro dos Correios — disse a fonte, citando que o IPO seria uma dessas opções.
 
A empresa vem acumulando prejuízos nos últimos anos. Em 2015, a perda foi de R$ 2,1 bilhões e, em 2016, a previsão é de um prejuízo de R$ 1,5 bilhão.
 
Segundo a fonte ouvida pela agência inglesa de notícias Reuters, porém, a atual gestão tem tomado medidas para que “nos próximos meses” a empresa alcance o equilíbrio em suas contas. Recentemente, os Correios fecharam agências e fizeram um programa de demissão voluntária que levou à saída de 6 mil funcionários – número considerado insuficiente.
 
Novas parcerias
 
Segundo a fonte, a empresa deverá reabrir em breve o PDV. Dessa vez, com a meta de obter o desligamento de 3 mil empregados. Hoje, os Correios têm cerca de 108 mil funcionários.
 
Procurados, os Correios confirmaram, por meio sua assessoria de imprensa, que, para ainda este ano, estão estudando o lançamento de um novo programa, mas não há ainda definições sobre o assunto.
 
Sobre a possibilidade de abertura de capital, a empresa respondeu que “da parte dos Correios, não há nenhum estudo nesse sentido” e que os Correios buscam novas parcerias para expandir seus negócios.
 
— Além das franquias já estabelecidas, pretendemos oferecer ao mercado novas franquias, complementares às existentes, segmentando por área de atuação — disse.
 
IPO seria melhor
 
Parte do governo, no entanto, pressiona por uma privatização da empresa, mais do que pela abertura de capital. De acordo com fontes do Palácio do Planalto, chegou-se a cogitar colocar os Correios no último pacote do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), mas em reuniões prévias decidiu-se dar mais tempo aos estudos que o Ministério das Comunicações está preparando.
 
— Há uma resistência política de parte do governo. Mas a questão é que já foram feitas várias medidas e o rombo continua, então a pressão pela privatização aumenta — disse uma fonte palaciana.
 
Para a primeira fonte, no entanto, “não é um bom momento político para uma privatização”.
 
— Os Correios são uma empresa muito querida pela população. Uma IPO seria mais fácil de assimilar — concluiu.
 
Fonte: NCST NACIONAL / Correio do Brasil 31/08/2017
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