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MUNDO, MUNDO, VASTO MUNDO: PODERÁ SE TORNAR AINDA MAIS MUNDO

Donald Trump não só venceu as eleições nos Estados Unidos, na verdade ganha de goleada, com maioria na Câmara e no Senado. Os democratas pagam o mesmo preço de partidos similares em outros países. Nivelou, para baixo, as condições de vida do povo trabalhador, aumentou a população carente e desassistida, entregou o governo para a farra insaciável dos banqueiros e dos predadores financeiros.

E, de quebra, as despesas do País com guerras imperialistas em vários pontos do mundo tiveram aumento substancial, o que é tipico do belicismo dos democratas, protecionistas ortodoxos e radicais.

O governo Obama aprofundou políticas neoliberais de exclusão social, enquanto transferiu bilhões de dólares para socorrer bancos, empresas fraudulentas e a indústria bélica. Aplicou, no governo, o mesmo modelo que oprime a ordem global capturada pelo sistema financeiro.

Nos Estados Unidos, na França, na Espanha, em Portugal, no Brasil etc. o mercado comanda a pauta econômica. Subsídios, isenções fiscais, retirada de direitos sociais e trabalhistas, além de transferências volumosas sustentam e aumentam os lucros das grandes corporações, sugam e drenam recursos públicos para atender ao deus mercado.

Portanto não é de se estranhar o desencanto dos eleitores com os partidos ditos de esquerda ou progressistas que, no poder, mantêm as mesmas políticas neoliberais que penalizam as camadas médias, arrocham as classes trabalhadoras e, para compensar, criam programas sociais que funcionam como um manto de linho branco sobre a lepra da miséria social, Apenas a encobre, mas não a extermina.

E o velho Marx já advertia, sem bater os ovos não se faz gemada, ou seja, sem mudanças estruturais que alterem na raiz o sistema de acumulação do capital pode até haver períodos de aparente transformação social em benefício dos de baixo, mas, na primeira oportunidade, a imundície que estava ofuscada retorna à superfície. Assim, é o capitalismo, sob o qual não há solução. Até Bill Gates reconhece. A vitória de Trump revela isso.

E o mundo que se prepare. O primeiro a saudar de forma efusiva a eleição do republicano foi o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Disse que acabou o tempo da guerra fria e que, agora, haverá relações mais produtivas entre os dois países.
Que os deuses do Olimpo e os Orixás protejam a humanidade.

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Lembrete: E os institutos de pesquisa que insistiam em apontar a vitoria da Mrs. Clinton até o último momento da votação? E os jornalões aliados dos democratas que fizeram previsões garantindo a certeza de 70% de chances da vitória de Hillary, um dias antes do pleito? Vexame.

Sebastião Soares: Diretor Nacional de Formação da Nova Central

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