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MULHERES DA NOVA CENTRAL PARTICIPAM DE ATO EM DEFESA DO SUS, DO AUXÍLIO EMERGENCIAL E DA VACINA

Nesta tera-feira (09/03), lideranças sindicais da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST participaram da Live unificada das centrais sindicais em homenagem ao 8 de Março. Coordenada pelo Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais, o grande ato virtual fortaleceu agenda em defesa do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), do auxílio emergencial e de uma ampla e imediata campanha nacional de vacinação.

A Diretora de Assuntos da Mulher da NCST nacional, Sônia Maria Zerino Silva, e a Diretora de Mulheres da Nova Central São Paulo, Katia Rodrigues, participaram das discussões.

“Queremos destacar que a crise que enfrentamos na pandemia, já estava estabelecida antes dela. A crise sanitária somente agravou as desigualdades, circunstância que evidenciou a escalada do desemprego, da violência doméstica e da implementação de uma agenda absolutamente hostil às mulheres brasileiras. As palestras deste evento demonstram a importância de unidade e de compreensão da realidade para avançar em direção às novas conquistas e, de maneira mais imediata, nas lutas necessárias para pressionar as autoridades por um plano de ação imediato e coordenado de vacinação contra a Covid-19, pela continuidade do auxílio emergencial e pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde; agendas mais urgentes para preservar vidas”, afirmou Sônia Zerino antes da leitura do manifesto do Fórum.

Assista:

https://www.facebook.com/watch/?v=420501459041301

Síntese das palestras

Luciana Rincón, primeira palestrantes do evento, apresentou um breve histórico de lutas e conquistas femininas. As evidências históricas relacionadas revelam as vantagens da inquietação feminina quando está ancorada a uma ampla adesão das mulheres nas reivindicações por igualdade de gênero e nas reparações sociais. Os avanços alcançados, no entanto, ainda estão longe de ofertar um ambiente favorável à redução das opressões culturais, epicentro do problema das desigualdades de gênero e de raça que se perpetuam.

A economista Marilane Teixeira, segunda palestrante do evento, falou sobre a importância da autonomia econômica das mulheres em tempos de pandemia. A especialista afirmou que as mulheres, por força da cultura patriarcal dominante, se tornam a mão de obra ideal para atividades não remuneradas, como cuidar das atividades do lar, da família, dos filhos, entre outras. A circunstância, afirma, ocupa espaço de tempo que subjuga as mulheres a cumprirem funções que são determinantes ao equilíbrio financeiro e de cuidados com seu núcleo familiar, mas que as deixam dependentes e vulneráveis financeiramente.

“Temos o dobro de mulheres fora da força de trabalho, em que pese maior tempo de estudo e formação que os homens. É conveniente para o sistema que as mulheres continuem nas casas, cumprindo atividades que as impedem de se libertar desse ciclo de dependência”, afirmou Marilane.

Magda Biavaschi, terceira palestrante do evento, lembrou a importância da aproximação entre a academia e o movimento sindical. A busca da igualdade positiva colocou as mulheres no centro de contribuições importantes, como a conquista do primeiro código de trabalho. A luta pela liberdade e a luta contra a barbárie, historicamente, sempre nortearam as principais bandeiras das lutas femininas.

“O neoliberalismo encontrou no nosso país terreno fértil para prosperar. Esse modelo econômico e social restringe a liberdade feminina e barbariza suas condições de vida. A cultura autoritária de um país que seguiu por décadas aceitando e legitimando a escravidão,  se reflete no desrespeito às instituições e seus instrumentos de regramento civilizatório. O lawfare que recentemente a Suprema corte coloca em julgamento, resgata a evidência de que os auspícios das instituições revelam ação articulada para preservar injustiças históricas, toda vez que a classe e gênero dominantes se sentem ameaçados em seus privilégios. É preciso insistir nas lutas para que não retrocedamos nas nossas conquistas”, alertou Magda.

 

Fonte: NCST NACIONAL

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